você no mundo da sexualidade

Esse blog tem o intuito de educar e orientar os jovens e adolescentes sobre a SEXUALIDADE no estado de SE e especialmente no bairro SANTA MARIA. Envolve cultura, afeto, sentimento, vulnerabilidade, sexo e grávidez na adolescência e doenças.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Namorar X ficar


Nos dias de hoje “ficar” virou moda, ou seja, beijar, abraçar e até mesmo transar sem nenhum compromisso. Por isso cada vez mais aumenta a quantidade de jovens que não querem assumir um relacionamento sério, considerando como vantagem beijar várias pessoas em um só dia, deixando de lado um relacionamento de afetividade e responsabilidade. Sendo que, em momentos da nossa vida precisamos de um envolvimento compartilhado onde se divide momentos bons e ruins, alguém para conversar, para sair e, quem sabe, construir uma família.

Autores: Maria e Flávia

Pesquisa na moda do ficar

Perguntamos aos jovens moradores do bairro Santa Maria como foi a experiência de ficar. As experiências você confere abaixo, mas é importante saber que os entrevistados consideram que ficar é um envolvimento sem compromisso e mais divertido. Quando perguntamos se os pais acompanhavam, percebemos que apesar das conversas, os jovens não seguiam o conselho deles, e existe ainda aqueles que não conversam. A quantidade de ficantes e a atração física justificam a preferência de ficar ao invés de namorar. Sobre relacionamento sério um dos adolescentes agregou experiências negativas, podendo ser o motivo de ficar ao invés de namorar.


Entrevistas

1- Prar você, o que ficar?
Ellen- É beijar sem compromisso, ficar com vários meninos numa festa.
Rodrigo- um momento bom de atração.

2- Qual a diferença de ficar e namorar para você?
Ellen- Namorar é um compromisso sério, onde a respeito. E fiacr é beijar um aqui outro ali.
Rodrigo- namorando você pode contar com a parceira a qualquer momento. Ficando lance rápido onde você só quer se dar bem.

3- Você gosta de ficar ou de namorar, porquê?
Ellen- Eu gosto de ficar, porque é menos enchuativo, pois não gosto de beijar a mesma pessoa por muito tempo.
Rodrigo- Ficar porque não quero preocupar-me com besteira.

4- O que você sente ao ficar?
Ellen- Um fogo, fico só por ficar, pois prezo a quantidade para mostrar para minhas amigas com quem fiquei e com quantos.
Rodrigo- Atração

5- Com quantos você já namorou? E ficou?
Ellen- namorei com 3, e há 2 anos átras 62, hoje posso dizer que já fiquei com 80 meninos.
Rodrigo- namorei com 1, já fiquei com 18 meninas.

6- Seus pais conversam com você?
Ellen- Sim, porém gosto de aventura, de fazer coisas erradas sabendo que não é certo. E, é claro que eles me aconselham, mas sigo meus pensamentos e não os deles.
Rodrigo- não há diálogo.

7- Você já teve um relacionamento sério, com foi essa experiência?
Ellen- Sim, mas não gostei porque ele não me tratava bem, mas foi bom ao fim do relacionamento nos tornamos amigos.
Rodrigo- Boa, curti, aproveitei bastante, aprendi, troca de experiências, momentos bons e ruins.

Entrevistados:


Ellen Dayane santos Cavalcante, 16 anos

Rodrigo santos custódio, 19 anos

Autores: Maria e Flávia

Foto: Maria Barbosa

Gravidez na adolescência


A gravidez precoce está se tornando cada vez mais comum, pois os adolescentes estão iniciando a vida sexual mais cedo. Uma das consequências que mudam radicalmente a vida desses adolescentes. Por motivos simples que poderiam facilmente serem mudados. como: dialogo com os pais, onde existe uma barreira que impede a informação e até mesmo uma convivência de união. Por isso é necessário que os pais conversem e acompanhem essa fase de seus filhos e as escolas trabalhe com intuito de informar e previnir os adolescentes.


Texto de flaise Gomes e Maria Barbosa

Entendendo a gravidez na adolescência

Perguntamos a duas adolescentes do Bairro Santa Maria como foi à experiência de engravidar tão cedo. Ambas pelo mesmo motivo: por falta de informação e por falta de diálogo com a família. Após o nascimento de seus filhos passaram a ter mais responsabilidades. As outras respostas você confere abaixo.

ENTREVISTA

1-Como foi a experiência de engravidar tão cedo?
Daiane: difícil, a pessea tem muitas responsabilidades, eu deixei de fazer muitas coisas para cuidar dele.
Josecleide: bom, porque eu pude perceber o valor de uma mãe.
2-Se você pudesse voltar ao tempo, você faria diferente?
Daiane: com certeza.
Josecleide: não, porque não me arrependo de ter engravidado cedo.
3-Você teve apoio dos seus pais, como eles reagiram?
Daiane: no começo não, mas depois minha mãe se acostumou.
Josecleide: sim, durante toda gestação e até o momento. Eles aceitaram numa boa.
4-Seus pais conversaram sobre gravidez?
Daiane: não
Josecleide: muito difícil, quase nunca.
5-Você pensou em tirar?
Daiane: pensei, mas não tive coragem.
Josecleide: em nenhum momento.
6-Você engravidou na primeira relação sexual?
Daiane: não.
Josecleide: não.
7-Foi uma gravidez planejada ou foi por acaso?
Daiane: por acaso.
Josecleide: planejada, pois não usava preservativo e nem métodos anticoncepcionais.
8-Você curtiu sua adolescência?
Daiane: em parte, antes do meu filho nascer pude aproveitar, após seu nascimento parei para cuidar dele.
Josecleide: curti, pois não sou muito de sair, prefiro ficar em casa com a família.
9-O pai do seu filho lhe deu apoio na sua gestação?
Daiane: no começo não, agora ainda preciso de mais apoio, pois não é suficiente.
Josecleide: sim
10-Hoje você está com ele? Por que não?
Daiane: não, porque não deu certo, pois ele não prestava.
Josecleide: não, porque ele é irresponsável, não dando apoio necessário.
11-O pai da criança contribui na despesa?
Daiane: sim, mas não é suficiente.
Josecleide: agora sim, devido a certa pressão emocional.
12-Por que engravidou? Por falta de informação, por falta de dialogo com os pais ou por não querer usar preservativo?
Daiane: falta de informação. Pois, o parceiro me falou que usava comprimido masculino de evitar .
Josecleide: por não querer usar preservativo.
13-Hoje olhando para seu filho (a) você se arrepende de tê-lo (a)?
Daiane: em parte, porque é gratificante tê-lo ao meu lado, ao mesmo tempo é muito trabalhoso.
Josecleide: não, porque ela é a alegria, felicidade, responsabilidade para minha casa e minha família.


ENTREVISTADAS:

Daiane Vieira Barros, 16 anos.



Josecleide Nunes dos Santos, 18 anos
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Texto de Flávia Bispo e Maria Barbosa.
Foto de Flávia Bispo.

Sexualidade, gênero e adolescência



Gênero constitui uma categoria cientifica que tenta compreender e discutir o masculino e feminino. Dessa forma o gênero se refere à forma como as sociedades constroem e interpretam os modelos de feminino (a mulher) e masculino (o homem).
Essas relações acabam estabelecendo hierarquias entre as pessoas. Essa característica pode ser observada em sociedades conservadoras e patriarcais onde os homens são considerados superiores às mulheres.
As relações hierárquicas são socialmente construídas, distribuindo de forma desigual o poder entre homens e mulheres.
A desigualdade entre os sexos, a divisão sexual de papéis, a descriminação da mulher e de outras categorias de pessoas consideradas inferiores, se iniciam nas relações primárias.
A identidade sexual e aquilo que as pessoas acreditam serem ou sentem-se sendo, ou seja, a identidade sexual constitui uma construção na medida em que ao longo da vida os indivíduos constroem uma identificação com o masculino ou o feminino.
A identidade sexual a exemplo do gênero é marcada culturalmente e termina por produzir identidades sexuais mais complexas como gays, lésbicas, travestis, transexuais, pansexuais, assexuais, bissexuais, entre outras expressões de identidade.
Orientação sexual refere-se ao sentimento e de desejo que temos em relação ao outro. A orientação sexual é classificada em: heterossexual, bissexual ou homossexual. O desejo sexual está culturalmente orientado, na nossa cultura temos como padrão a heterossexualidade, mas percebemos que este desejo está apontado para várias direções; inclusive em oposição à norma da heterossexualidade. Assim, no que tange a orientação podemos falar em homossexualidade, heterossexualidade e bissexualidade.
O papel sexual é a forma como a identidade sexual se manifesta socialmente, ou seja, os papéis sexuais constituem as ações e comportamentos esperados socialmente do universo feminino e masculino.
Autor: Ricardo cesário

Adolescência e planejamento familiar

A adolescência é uma fase critica que acarreta importantes mudanças que determina especificidades emocionais e comportamentais.
Essas mudanças trazem consigo o desejo pelas relações, tanto de namoro, como as sexuais, o inicio dessas relações estão começando mais cada vez mais cedo, com essa precocidade nas relações aumenta o numero das DST/AIDS na faixa etária de 10 a 19 anos.

O que é planejamento familiar

É o ato cociente de o casal se programar e decidir quantos filhos e quando terá, permiti os casais a decidir qual a melhor hora de ter seus filhos de acordo com suas condições e expectativas.
Planejar a família é ter os filhos desejados na hora desejada.
Sem esse planejamento o numero de jovens grávida aumenta gradativamente a cada ano.
Autor: Ricardo Cesario

Fique por dentro



Desde 1980 no Brasil foram notificados mais de 474.273 casos de AIDS, sendo que no nordeste foram 53.089, com a tendência de crescimento. A epidemia é concentrada na população de 15 a 19 anos. Em Aracaju, o crescimento da AIDS se concentra no sexo feminino, acima dos 50 anos e um leve crescimento entre adolescentes.

AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida)
Ocorre quando o organismo é infectado pelo vírus HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana). Ele é o causador das doenças, cânceres e tumores desenvolvidos pelo sistema imunológico.

Sintomas
Febre persistente, calafrios, dor de cabeça, dor de garganta, dores musculares, manchas na pele, gânglios ou ínguas embaixo do braço, no pescoço ou na virilha e que podem levar muito tempo para desaparecer.

Formas de contagio
O HIV pode ser transmitido pelo sangue, sêmen, secreção vaginal e pelo leite materno.

Assim PEGA
Sexo vaginal sem camisinha
Sexo anal sem camisinha
Sexo oral sem camisinha
Uso da mesma seringa ou agulha por mais de uma pessoa
Transfusão de sangue contaminado
Mãe infectada pode passar o HIV para o filho durante a gravidez, o parto e a amamentação Instrumentos que furam.

Assim NÃO pega
Sexo, desde que se use corretamente a camisinha
Masturbação a dois
Beijo no rosto ou na boca Suor e lágrima
Picada de inseto
Aperto de mão ou abraço
Talheres / copos
Assento de ônibus
Piscina, banheiros, pelo ar, doação de sangue
Sabonete / toalha / lençóis
Objetos que cortam, não esterilizados

Exames do HIV e AIDS
O diagnóstico da infecção pelo HIV é feito por meio de testes, realizados a partir da coleta de uma amostra de sangue. Esses testes podem ser realizados nos laboratórios de saúde pública, por meio do atendimento do usuário nas unidades básicas de saúde, em Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e em laboratórios particulares. Nos CTA, o teste anti-HIV pode ser feito de forma anônima e gratuita.

Tratamento
Existem drogas que inibem a replicação do HIV, que devem ser usadas associadas, mas ainda não se pode falar em curas da AIDS. As doenças causas pelos vírus chamadas oportunistas são em sua maioria tratáveis.

Prevenção
Na transmissão sexual se recomenda sexo seguro, relação monogâmica com parceiro com HIV negativo, uso da caminha. Pelo sangue deve-se tomar cuidado no manejo de seringas descartáveis, uso de luvas quando estiver manipulando feridas ou líquidos contaminados. Não há, no momento, vacina contra o HIV. É necessário observar que o uso da caminha, apesar de proporcionar proteção, essa, não é absoluta.

Texto de Flaise Gomes